Não Ensine Sei Filho A Ser Rico...Ensine A Ser Feliz
Crianças que interagem com adultos ficam mais protegidas contra transtornos de personalidade. Pesquisadores americanos mostraram que ler com a criança, ajudá-la nas tarefas da escola, ensiná-la sobre habilidades de organização e praticar um hobby ou outra atividade complexa contribuem para promover melhor saúde psicológica na idade adulta.
Segundo Mark Lenzenweger, professor de neurociência e psicologia cognitiva da Universidade de Binghamton (Estados Unidos), aprender durante a infância com um adulto de confiança protege contra futuros distúrbios.
- As fortes conexões com outras pessoas e as habilidades sociais que as crianças aprendem com essas atividades ajudam no desenvolvimento psicológico delas. Com isso, elas desenvolvem suas conexões com o mundo. Sem essa interação, o modo como elas vão se conectar com outros humanos pode ficar severamente prejudicado.
Para Lenzenweger, a descoberta é importante porque reforça a necessidade de envolver as crianças em atividades durante seus anos de formação. Atualmente, cada vez mais as crianças gastam esse tempo na frente de TV, videogames ou computador.
- Por meio de um processo de interação rico e complexo, o contato com um adulto importante [como os pais] ajuda a criança a vivenciar uma experiência mais rica, diferenciada e psicologicamente completa.
Essas relações promovem a vontade de se envolver com outras pessoas, que é a experiência fundamental da psicologia humana, diz o pesquisador. Esse tipo de atividades, segundo ele, pode prevenir doenças como o mal de Parkinson. É comum que pacientes com a doença não sintam vontade de interação social.
- Um trauma da infância é um importante fator de risco do mal de Parkinson. Nenhuma pesquisa tinha conseguido, até agora, demonstrar como proteger contra essa doença.
Apesar desses resultados, os pesquisadores ainda não sabem definir qual a influência genética nas respostas comportamentais e psicológicas às situações de estresse. Nem sabem ainda se as interações sociais na infância poderiam influenciar nesse processo.
- Mesmo quando consideramos crianças com comportamento temperamental como raiva, medo e aflição, que indicam dificuldades de conexão com outras pessoas, nós ainda encontramos casos em que um relacionamento profundo com um adulto importante também teve um forte impacto no desenvolvimento.
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